O antigo jogador do Costa do Sol, Aristides Zaza, relembrou o memorável golo que marcou na final da Taça de Moçambique contra o primeiro campeão do Moçambola, o Textáfrica de Chimoio. O tento garantiu o segundo título da Taça de Moçambique para o Costa do Sol em 1983.
Aristides Zaza, agora residente na vizinha África do Sul, concedeu uma entrevista exclusiva à Esférico em Joanesburgo, onde abordou vários momentos marcantes da sua carreira futebolística, bem como a transformação da sua vida depois de pendurar as botas.
“No princípio foi muito difícil seguir em frente, mas depois consegui me estabilizar e a vida está a andar”, explicou o antigo jogador do Costa do Sol.
COMO É QUE FOI A EXPERIÊNCIA NO FUTEBOL SUL-AFRICANO?
“Foi uma experiência muito agradável, diferente da que tive em Moçambique. Quando cheguei aqui notei que o futebol daqui estava mais desenvolvido em relação ao nosso, em termos técnicos e de facilidades. Até hoje ainda sou reconhecido por alguns sul-africanos, o meu nome é uma referência aqui também”, avançou Zaza.
QUAL É O SIGNIFICADO DO COSTA DO SOL PARA SI?
“O Costa do Sol foi a equipa na qual mais me destaquei como jogador, é a minha casa. Comecei a minha carreira lá, desde o juvenis, fui subindo para o juniores até a equipa principal. Na altura foi um treinador argentino que me estreou nos seniores”, referiu Zaza.
RELEMBRANDO O GOLO MAIS MARCANTE DA CARREIRA: QUEM FOI ZAZA?
“Foi mais um jogador que teve a sorte de marcar um golo que toda gente fala dele. É uma pena que não tínhamos “televisão” na altura, mas anotei um golo que até hoje se fala dele, passam mais de 40 anos. Se não me engano foi em 1983, na final da Taça de Moçambique contra Textáfrica de Chimoio. É impossível explicar o sentimento que tive depois de marcar aquele golo, até hoje tenho “arrepios” concluiu Zaza.
Depois de representar os “canarinhos” e ser uma referência no clube da capital moçambicana, Aristides Zaza mudou-se para África do Sul, país onde jogou no Jomo Cosmos, Stars, Swallows.
TEXTO: JEREMIAS LICUMBE