ESFERICANDO: COMO VIMOS O MOÇAMBIQUE VS BENIN

Ernani Siluane: o Guarda-redes da UD Songo que há pouco recuperou-se de uma lesão, fez uma excelente partida. Ernani, mostrou-se mais maduro e seguro na baliza dos “Mambas”.

Mexer Sitoe: Patrão com “P” maiúsculo. Mexer transmitiu segurança na linha defensiva, jogando com classe, tranquilo, sereno, em alguns momentos da partida driblou alguns adversários com muita experiência, para alegrar o público que estava no ENZ.

David Malembana: teve uma entrada em falso, cometendo alguns erros que teriam comprometido os “Mambas”, mas recompôs-se a tempo, fez alguns cortes que teriam-nos sido fatais. Poderia ter se estreado a marcar, mas viu o seu cabeceamento  a ser defendido pelo guarda redes do Benin. Há que referir que todas as bolas aéreas que passaram pelo seu caminho, por ele foram todas ganhas.

Dominguez Pelembe: como diz o velho ditado “idade são apenas números”. Ao que tudo indica, quanto mais velho ele fica, mais craque é. Foi sem dúvida uma das melhores unidades dentro do campo. Com passes fenominais e combinações extraordinárias com Geny Catamo, dribles de levantar qualquer estádio, um mágico.

Bruno Langa: mostrou porque é que despertou interesse de gigantes europeus, teve uma boa actuação, grandes arrancadas, dribles clássicos, fez assistência para o golo do empate (Witi), poderia ter marcado ainda na primeira parte, depois de receber um passe fantástico do capitão Pelembe, mas o seu remate passou a poucos centímetros da baliza adversária.

Guima: grande reforço para o combinado nacional. Teve uma entrada em falso, mas recuperou rapidamente, para ter uma partida brilhante, repleta de grandes passes, dribles, desarmes por si protagonizados, estreou-se com um golo nos “Mambas”. Há que referir que ele trabalhou apenas três dias com os seus novos companheiros.

Ratifo: foi criticado, mais é um dos jogadores que mais pressiona e joga bem sem bola. Teve alguns lances em que poderia ter feito melhor, porém a pressão falou mais alto.

Domingos Macandza: Poucos desportistas ainda não conseguem entender porquê é que os agentes de “Mexer” não conseguiram levar o homem que colocou Sadio Mané no bolso, para Europa. Macandza foi sem dúvidas uma das melhores unidades dos “Mambas” dentro do campo, travou duras batalhas com os beninenses. Fez excelentes cortes e já na segunda parte, protagonizou algumas arrancadas de encher os olhos, uma delas que poderia ter culminado em golo, mas ninguém apareceu para desviar o Esférico.

Geny Catamo: é simplesmente uma joia nascida na “pérola do indico”. Mais uma vez Geny, esteve a um bom nível. O prodígio moçambicano fez excelentes resseções, dribles fantásticos, teve algumas combinações de outro mundo com Dominguez, a quem interpreta como a passagem de testemunho. Geny fez a assistência para o golo da vitória, contudo só não marcou na partida porque um dos seus remates foi beijar o poste, e o seu outro remate colocado foi sacudido por Saturmin.

Faisal Bangal: para aquele que fez auto-golo no jogo contra Cabo Verde, e tirou a possibilidade de Moçambique estar no último CAN, soube redimir-se, entrou bem na partida, confiante, sem invenções, fazia passes com o peito parecer que os mesmos surgiam do seu pé, soube pressionar os adversários e jogou bem sem a bola.

Amadou: não esteve nos seus melhores dias, “ofereceu uma grande penalidade”, entretanto o soube estar dentro do retângulo do jogo. O seu porte físico ajudou em alguns lances com os adversários.

Shaquille, Gildo e Nené: três jogadores que já são bem conhecidos, entraram para ajudar a manter o (2-2), mas acabaram por ajudar o combinado nacional a marcar o terceiro golo.

Clésio Bauque: entrou para colocar a cereja no topo do bolo. Clésio mostrou o que bem sabe fazer,  aos 90+5’ marcou o tento que colocou o ENZ em delírio. Para a comemoração do golo, recorreu-se a dança de “woro”, para se celebrar a passagem.

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